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Projetos PIDIC 2024

DIVERSIDADE E INCLUSÃO

1- Andorinhas: Rede de Mulheres da UFOP - Um olhar sobre as assimetrias de gênero e parentalidade na universidade

Orientadora: Gabriela Guerra Leal de Souza

A sociedade foi criada com a visão de que o homem, branco e heterossexual era superior intelectualmente em relação aos demais grupos. Assim, historicamente o gênero masculino foi alocado nos campos intelectuais e científicos, enquanto ao gênero feminino, foi dado o destino biológico da maternidade (ROHDEN, 2001). Essa visão transpassou para o meio acadêmico. Isso tem sido fortemente demonstrado por alguns aspectos: (i) Há uma falta de representatividade das mulheres na ciência, em especial nas ciências exatas, (ii) Há uma falta de mulheres no topo da carreira acadêmica, e (iii) Há um apagão na carreira científica das mulheres nos primeiros anos após o nascimento dos filhos. Em relação à falta de representatividade das mulheres na ciência, uma publicação recente demonstrou que as mulheres, negras e latino-americanas são alvo de tendências implícitas (não conscientes e não percebidas) de preconceito na área científica, apresentando grande dificuldade na publicação de seus artigos em revistas internacionais (CALAZA et al 2021). Algumas ações têm sido feitas para minimizar esses prejuízos.

Desta forma, a presente proposta visa estimular a valorização e o reconhecimento do trabalho das mulheres cientistas, em especial das mães da comunidade ufopiana, e com isso promover a redução das assimetrias de gênero e de parentalidade na ciência no âmbito da Universidade Federal de Ouro Preto. Esse fortalecimento e empoderamento das mulheres promoverá um ambiente mais saudável, igualitário e propício à convivência e permanência de estudantes mulheres e mães regularmente matriculadas em cursos de graduação presencial da UFOP.

 

2- Diversidade e Representatividade LGBTQIA+

Orientador: Alexandre Gustavo Melo Franco Moraes Bahia

A diversidade de gênero ainda é um tema pouco discutido nas universidades públicas. Além disso, é possível observar, a partir de dados estatísticos, que no Brasil os índices de homicídios e agressões de vítimas LGBTI+ têm aumentado ao decorrer dos anos. Ademais, o percentual de suicídio cometido por jovens que são rejeitados pela família devido à identidade de gênero e sexualidade tem sido de 8,4 vezes maior. Este levantamento informativo, proveniente da mídia diária, é decorrente da discriminação de clara motivação de ódio aos indivíduos que não se enquadram como heterossexuais e/ou cisgêneros. Portanto, como medida de combate à LGBTQI+fobia e incentivo ao acolhimento dos alunos LGBTQI+, propõe-se, neste projeto, expandir as ações por meio da sustentação de espaços midiáticos, que promovam debates interdisciplinares sobre essa temática. Dessa forma, o direito e a inclusão social serão a base do projeto, cujo propósito será dialogar com a sexualidade e gênero, a fim construir uma educação socialmente abrangente e diversa. Diante o exposto, o tipo de ação envolverá diversas formas de interação para diferentes atores sociais. E, assim, a política de inclusão social será uma poderosa transmutação coletiva, principalmente para o acolhimento dos alunos socioeconomicamente vulneráveis, que são beneficiários dos programas vinculados à PRACE.

 

3- POC: Papear, Ouvir e Conscientizar

Orientadora: Cláudia Martins Carneiro

A sigla LGBTQIAP+ representa um movimento político e social que luta por direitos de pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromântiques/Agênero, Pan/Poli e todas as diversas possibilidades de orientação sexual e\ou identidade de gênero que existam. No Brasil, o movimento teve início em 1970, quando grupos se reuniram em prol do direito e da igualdade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Na década seguinte, o movimento foi perdendo força em meio ao rastro de intolerância, violência e morte deixado pela epidemia HIV/Aids, crescendo assim a resistência dos que permaneceram para combater as diversas pressões que sofriam. A partir de 1990, iniciaram-se as militâncias em torno da homossexualidade, tanto no combate à AIDS quanto no combate ao preconceito, multiplicando e expandindo por todo o país com formatos institucionais distintos e conexões internacionais renovadas. A comunidade LGBTQIAP+ ainda é alvo de preconceitos e discriminação, por configurar uma orientação sexual e/ou uma identidade de gênero diferente do padrão imposto pela sociedade. Por isso, políticas de segurança e de saúde para essa população vivendo em risco, são importantes serem criadas e analisadas para evitar constrangimentos e a violência contra as pessoas que fazem parte da comunidade. Assim como LGBTfobia, o racismo está presente na sociedade brasileira, inclusive desde a colonização do nosso país. As três décadas após a abolição da escravidão também são destaque para o desenvolvimento do racismo no Brasil. A falta de políticas públicas para integrar a população ex-escrava nesse período, determina a marginalização dos corpos negros até os dias atuais. É evidente também, a importância de sempre debater e promover assuntos sobre racismo na sociedade, para serem combatidas e evidenciadas as discriminações. Portanto, tratar dessa temática em seus recortes minoritários é fundamental se desejamos que em nossa Universidade a equidade seja pautada.

 

4- Lugar de Mulher é na Ciência

Orientadora: Clarissa Rodrigues

Os cursos de licenciatura da Universidade Federal de Ouro Preto possibilitam que as/os estudantes de nossa instituição se apropriem de elementos teóricos e metodológicos para o exercício de sua futura prática docente nas escolas de educação básica. Tanto os nossos cursos de licenciatura quanto às escolas para os quais as nossas licenciadas e licenciandos são formados para atuar são marcados pela diversidade de etnias, gêneros, pertencimentos, culturas e valores, o que faz e fará com que nossas egressas e egressos sejam confrontados com situações em que se exigirá posicionamento perante a situações de exclusão, discriminação, injustiça, etc.

O mundo da ciência se estruturou historicamente em bases quase exclusivamente masculinas, ora excluindo as mulheres, ora negando as suas produções científicas, por meio de discursos e práticas nada neutros. Dados oficiais do Ministério da Educação (MEC) apontam que, no ensino médio, 54% das matrículas e 58% das concluintes foram femininas. Apesar destes números, o crescimento do número de mulheres não está homogeneamente distribuído entre todas as disciplinas. Na área de Ciências, Matemática e Computação, onde a relação é de 2,5% de mulheres e 5,3% de homens. Ou seja, as mulheres seguem concentradas em algumas áreas e permanecem quase inexpressivas em outras.

O projeto tem por objetivo estimular e apoiar a realização de atividades que visam promover a igualdade de direitos entre estudantes e o enfrentamento de discriminações como sexismo e machismo; contribuir para a promoção da inclusão social através de atividades que visem a igualdade de gênero; combater os efeitos das desigualdades sociais originadas por quaisquer tipos de discriminação; criar um ambiente de aprendizagem compartilhada em que sejam promovidas discussões teóricas e desenvolvidas atividades na busca por uma educação científica em diálogo com a promoção da igualdade e de gênero tendo como público-alvo a comunidade acadêmica, especial os alunos dos cursos de Licenciatura em Biologia, Física e Química.

 

5- ARIADNES

Orientadora: Karina Gomes Barbosa da Silva

O projeto busca implantar e executar um observatório de mídia e gênero, em articulação com violência, um espaço de discussão e crítica de mídia, que produz conhecimento e incentive debates sobre os temas a que se dedica  — em nosso caso, gênero, mídia e violência. Além da produção crítica, pretendemos oferecer espaços de discussão, como exibições de filmes e outras interações, para pautar o assunto. A premissa é que a mídia atua como dispositivo pedagógico, e tem caráter importante para promover a igualdade de gênero. Assim, acreditamos no potencial da educação para promover justiça de gênero e na educação para a igualdade de gênero. No ambiente universitário, torna-se fundamental pensar a ação a partir da educação para incitar um agir ético e transformador no mundo (Hooks, 2020).

A ideia de promoção de uma leitura gendrada consiste em desenvolver, ensinar e aplicar ferramentas típicas da disciplina de crítica de mídia para a comunidade acadêmica ser capaz de realizar leituras críticas da mídia a partir de uma perspectiva de gênero (gendrada). O núcleo das atividades, portanto, se compõe por atividades de formação, discussão e comunicação das ações.

 

6- Flor de Anahí - Mulheres Lutadoras Sociais

Orientadora: Kathiuça Bertollo

O projeto Flor de Anahí- Mulheres Lutadoras Sociais tem por objetivo dar visibilidade, voz e vez a mulheres lutadoras sociais. A proposta nasce inspirada em ação que é realizada na disciplina de Classes e Movimentos Sociais do curso de Serviço Social da UFOP. Na disciplina, desde o semestre 2019/02 é construído o “mural dos lutadores e das lutadoras sociais”. Para cada letra do alfabeto é escolhido um nome de lutador ou lutadora que inicia com aquela letra, e é pesquisado sobre a história de vida do lutador ou lutadora escolhida, sobre suas bandeiras de lutas, sobre a entidade, organização, coletivo a que se vincula, etc. A operacionalização do projeto se dará através de equipe multidisciplinar e contará com parceria entre as áreas de psicologia, serviço social e jornalismo de profissionais diretamente vinculadas e também de externas à UFOP. Se constituirá em pesquisa sobre mulheres lutadoras sociais e realizará duas lives em cada semestre letivo para apresentar a vida, a bandeira de luta e atuação de uma lutadora social.

A proposta tem por objetivo divulgar, dar voz e vez a mulheres lutadoras sociais da região em que a UFOP tem sede, do estado de Minas Gerais, do Brasil e dos continentes Latino-americano e Africano a fim de tornar suas trajetórias de vida e de luta conhecidas e reconhecidas pelos e pelas/os estudantes da graduação da UFOP, bem como incentivá-las/los a se aproximarem e comporem coletivos, movimentos sociais e organizações que possuam bandeiras de luta as quais possuem afinidade.

 

7- Discografia Veias Abertas Latino Americanas: Canções de Resistência!

Orientadora: Kathiuça Bertollo

O projeto nasce como uma forma de luta e resistência, exaltação e divulgação das músicas de artistas de Nuestra América que cantaram e cantam os dilemas e que expressam a voz lutadora das massas historicamente superexploradas. Objetiva tornar conhecidas aos brasileiros as obras de cantores e cantoras de países da Pátria Grande. Obras e artistas que historicamente são abafados pelas mídias hegemônicas e pelo mercado. Nesse sentido, a Discografia representa a voz de resistência e de luta de um povo na forma de arte, de música. Entendemos que a música pode contribuir para a aproximação e reconhecimento cultural das pessoas e das suas trajetórias de vida, entre as diferentes regiões do Brasil e do continente latino-americano, cujos ritmos são abundantes e variados. Poderá possibilitar um reconhecimento dos dramas e dilemas vivenciados pela classe trabalhadora, mas também, sua força, lutas e resistências. Força, lutas e resistência são extremamente requeridas e necessárias em tempos de adoecimento físico e mental.

 

8- Enfrentamento da LGBTfobia através do empreendedorismo

Orientador: André Luís Silva

Este projeto destina-se às questões referentes à LGBTfobia presente na sociedade atual. Uma das consequências de tal questão refere-se à inexistência de políticas públicas para a promoção e defesa de direitos da população LGBT+ em diversas prefeituras municipais no Brasil. Isto se reflete com a ausência de secretarias municipais pautadas nas questões citadas. Desta forma este projeto pretende viabilizar aos discentes estudos sobre empreendedorismo, gestão de secretarias municipais pautadas na proteção e promoção de direitos das pessoas LGBT+. Pretende-se desta forma criar um ambiente onde o discente, além de estudar as pautas citadas, também oferte na UFOP cursos sobre estes temas (a- empreendedorismo; b-gestão de secretarias municipais; e, c-promoção / defesa de direitos da população LGBT+). Também espera-se com este projeto a criação de ambiente favorável à abertura de uma empresa de consultoria para municípios que desejem criar uma secretaria com pautas sobre promoção e defesa de direitos da população LGBT+.

 

9- ManU Podcast

Orientadora: Camélia Vaz Penna

A presente proposta constitui-se ação de acolhimento e apoio às estudantes dos cursos de graduação presencial da UFOP que são mães, no âmbito do Programa Apoio à Maternidade e Universidade, o ManU. ManU é um programa que como objetivos: Evitar a evasão, decorrente da maternidade, nos cursos de graduação presencial da UFOP; Combater os efeitos das desigualdades de gênero no tocante à parentalidade; Promover ações de apoio e acolhimento às estudantes dos cursos de graduação presencial da UFOP que são mães; Apoiar a permanência e conclusão do curso às estudantes dos cursos de graduação presencial da UFOP que são mães por meio de pagamento de bolsa de assistência estudantil Bolsa Maternidade. A ação ManU Podcast, objeto dessa proposta, produzirá conteúdo a ser veiculado na plataforma de Streaming Spotify. Serão 06 (seis) episódios, divulgados bimestralmente no prazo de 12 meses. Os episódios terão temas e roteiros semiestruturados pré-definidos, definidos posteriormente conforme demandas.

 

10- A Viagem do Martelo no Leito do Watú (Rio Doce): um percurso entre cachoeiras, antropófagos e Imatós (botoques)

Orientador: Elizeu Antônio de Assis

O primeiro contato entre os povos originários brasileiros e os portugueses se deu de forma amistosa e movido pela curiosidade, mas não tardou para que este encantamento se transformasse em um processo de imposição cultural, um verdadeiro etnocídio onde a cultura dos portugueses se impunha sobre a cultura indígena. Este modo de dominação saiu da dimensão cultural e se alojou no ataque físico direto, tornando-se, a cada dia, mais aberto e intenso, especialmente contra aqueles povos que viviam às margens do Watú (Rio Doce). Contra estes D. João VI declarou a "Guerra Justa" pois era necessário ter acesso ao interior das Minas Gerais, especialmente à Vila Rica onde o ouro facilmente brotava. O rio Watu era praticamente o único caminho que permitia o acesso às riquezas das Minas. Foi no leito deste mesmo rio e com a ajuda dos botocudos que o engenheiro francês João Monlevade singrou com seu Martelo–Vapor e sua Forja Inglesa até chegar em São Miguel de Piracicaba, local onde o minério de ferro era facilmente encontrado. Além de sua importância histórica para o município de João Monlevade, repensar essa saga permite compreender as relações de exploração e desigualdade étnico-racial. Por conseguinte, uma oportunidade para que a comunidade académica do ICEA UFOP possa debater sobre as diferenças entre as culturas, as relações entre modos distintos de conhecimento, bem como sobre as condições de acesso e permanência de estudantes nos cursos de graduação presencial da Universidade Federal de Ouro Preto. O projeto tem como objetivo analisar e reproduzir o percurso do Martelo de Forja a Vapor de João Monlevade - no trajeto do Rio Piracicaba, afluente do Rio Doce, para compreender, através de vestígios e registros sobre o povo botocudo, as diferenças culturais, modos de conhecimento, as condições de acesso e permanência na universidade.

 

11- PREPARAFRO ABDIAS NASCIMENTO: a pós-graduação hoje, aqui e agora

Orientador: Clézio Roberto Gonçalves

O presente projeto de intervenção a ser implementado nos três campi da Ufop: Ouro Preto, Mariana e João Monlevade, trata-se de uma proposta de curso preparatório de acompanhamento, de capacitação e de formação de jovens estudantes quilombolas, negres (pretes e pardes), graduades, egresses ou não da Ufop, que estejam se organizando e/ou se preparando para participar de Processo Seletivo de curso do pós-graduação, nível mestrado e doutorado, na Ufop ou fora da Ufop, nos próximos anos (meses). Tal iniciativa (NEABI-UFOP), além de (i) institucionalizar experiências de

formação preparatória para processos seletivos no contexto de ações afirmativas e (ii) estimular o público alvo desse projeto a se preparar para o ingresso em um curso de pós-graduação, caminha em conformidade com as palavras de Mayorga e Souza (2012), quando defendem que as políticas de permanência na universidade precisam “(...) constituir como um conjunto de ações ampliadas que

considere a especificidade do estudante que acessa a universidade e deve garantir uma leitura sobre as dinâmicas de inclusão e exclusão dentro dessa instituição”.

 

12- PADAM LGBTQIAP+ - Programa de Apoio à Diversidade Acadêmica e Mediação de Conflitos

Orientador: Ernane Salles da Costa Junior

O projeto surge como uma resposta necessária às complexas dinâmicas enfrentadas pela comunidade LGBTQIAP+ na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Reconhecendo que membros dessa comunidade frequentemente são vítimas de violências domésticas e opressões específicas, o PADAM propõe um olhar atento e especializado durante as mediações desses conflitos. O programa se destaca por sua abordagem sensível, visando criar um ambiente de diálogo seguro para aqueles que enfrentam discriminação baseada em orientação sexual e identidade de gênero. Busca capacitar mediadores a compreenderem essas nuances, promovendo mediações que considerem de forma específica essas experiências, contribuindo para a construção de soluções justas e equitativas. Ao enfocar a diversidade sexual e de gênero, o projeto não apenas busca resolver conflitos, mas também aspira criar um espaço de apoio e resiliência para a comunidade LGBTQIAP+. Ao proporcionar um ambiente inclusivo e empático nas mediações, o programa trabalha para mitigar as opressões enfrentadas por essa comunidade, fortalecendo a luta por um ambiente acadêmico verdadeiramente igualitário e acolhedor.

 

13- PIDIC Resistência e Orgulho: Expressões Artísticas e Conscientização nos Espaços Acadêmicos

Orientadora: Érika Cardoso dos Reis

O projeto amplia sua proposta para abranger não apenas a arte drag, mas também toda a expressão artística LGBTQIAPN+, com foco especial nas tradições dos ballroom communities. O Resistência e Orgulho busca introduzir uma abordagem inclusiva e abrangente, incorporando apresentações artísticas diversas nos restaurantes universitários da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Estas performances e apresentações do trabalho e arte produzidas por pessoas LGBTQIAPN+ não apenas proporcionam entretenimento, mas também servem como plataformas educativas, transmitindo informações e promovendo a conscientização sobre questões fundamentais, como diversidade, respeito e direitos LGBTQIAPN+. As apresentações abrangem uma variedade de expressões artísticas, desde a moda, arte e dança até a performance, criando assim um ambiente acadêmico mais vibrante, tolerante e educativo. A iniciativa visa celebrar a riqueza da diversidade cultural e de gênero, fomentando o diálogo construtivo e a compreensão mútua dentro da comunidade universitária. O objetivo central deste projeto é utilizar a expressão artística queer como meio de aproximação da comunidade LGBTQIAPN+ às políticas afirmativas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), integrando-se de maneira sinérgica à divulgação de ações e iniciativas da instituição nos restaurantes universitários.

 

14- Cabelos que Contam: Dialogando com a Identidade Afro no PIDIC

Orientadora: Roberta Eliane Santos Froés

Trata-se de uma proposta inovadora que visa explorar a complexidade e a beleza dos cabelos afro, indo além da estética para promover um diálogo profundo sobre identidade e cultura. Por meio de rodas de conversa, cuidados capilares e discussões culturais, almejamos criar um ambiente de autoconhecimento e aceitação, onde os participantes poderão compartilhar experiências, aprender sobre os cuidados específicos para seus cabelos e mergulhar na riqueza da cultura afro-brasileira. Através da promoção de penteados tradicionais e contemporâneos, buscamos fomentar o empoderamento individual e coletivo, incentivando a expressão autêntica e fortalecendo a autoestima dos participantes. A proposta vai além de uma abordagem estética, buscando construir um espaço inclusivo onde a diversidade capilar é celebrada. Espera-se que o projeto não apenas influencie as escolhas capilares dos participantes, mas também proporcione uma compreensão mais profunda sobre a importância da representatividade e aceitação cultural, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. "Cabelos que Contam: Dialogando com a Identidade Afro no PIDIC" tem como meta principal a criação de um espaço inclusivo, seguro e empoderador, especialmente dedicado às mulheres negras, no qual possam abertamente debater, compartilhar e relatar suas experiências pessoais relacionadas aos cabelos afro. Buscamos fomentar um ambiente de aceitação e compreensão, onde as participantes se sintam fortalecidas para expressar suas vivências, desafios e conquistas, promovendo assim uma comunidade que valorize e celebre a diversidade capilar e a identidade cultural afro-brasileira.

 

15- Os 5 elementos da rua

Orientadora: Paula Stockler Barbosa

O projeto visa criar uma atividade interdisciplinar que busque oferecer oficinas para formação de professores e graduandos de arte-educação, como também, alunos das escolas públicas da região de Mariana e Ouro Preto. Nesse sentido, será realizada uma lista de escolas junto com a Secretaria de Educação das duas cidades, para fazer a seleção das escolas que o grupo irá ofertar as oficinas. Será adotado os seguintes critérios de seleção: território periférico, escola pública, ensino médio e EJA. O projeto também busca criar um grupo de estudos que possa promover discussões e produções científicas, como artigos, para o enriquecimento das oficinas como tanto a produção do conhecimento acadêmico. As atividades realizadas pelos bolsistas consistem discutir questões políticas e sociais utilizando a pedagogia do hip hop, na construção do ensino e educação em relações etnico raciais e territoriais. Assim, entender a realidade das crianças e adolescentes periféricos visa, por meio do uso do hip-hop , tematizar o cotidiano por meio da arte, aconselhar e ensinar aspectos do meio social, político, econômico e cultural. Além disso, ao promover o reconhecimento e valorização da cultura de rua, que é marcante entre os jovens de periferia, é possível promover novos direcionamentos para conscientização de problemas sociais e raciais. A partir do grafite, do rap, do break, discotecagem e do conhecimento de rua é possível impulsionar e evidenciar outros saberes, novas maneiras de pensar, ampliando o conhecimento de mundo desses jovens. Para isso, a proposta insere o hip-hop como uma ferramenta de ensino, história, letramento artístico e cultural para discutir aspectos do meio social e político da realidade dos jovens atendidos pela ação. O projeto também visa apresentar o uso dessa didática em outras áreas de ensino, como a matemática, geografia, filosofia, letras entre outros campos de possibilidades, ampliando as perspectivas de ensino não convencional. Ademais, visa impulsionar o reconhecimento da cultura periférica e estimular o reconhecimento da diversidade democratizando e acesso à cultura.

 

16- Discriminação e sofrimento psíquico: ao acolhimento e sentimento de pertença na Universidade

Orientadora: Kerley dos Santos Alves

A necessidade de enfrentar a discriminação e promover a saúde mental na comunidade universitária é urgente. Ambientes educacionais inclusivos e que valorizam a diversidade não apenas favorecem o

desempenho acadêmico, mas também são cruciais para o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes. As diversas formas de preconceito e discriminação, tem sido motivadas por diferenças étnicas, culturais raciais, políticas, religiosas, de identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade, capacidade física ou intelectual, e tudo aquilo que por vezes possa fugir do que é considerado padrão social. Conforme destacado por Frantz Fanon (1978) em suas obras, a discriminação impõe barreiras significativas ao desenvolvimento da identidade e ao bem-estar psicológico, tornando imperativo que instituições de ensino adotem medidas proativas para desmantelar preconceitos e promover um ambiente de aceitação e respeito mútuo. A proposta visa sensibilizar e implementar ações efetivas de enfrentamento às diversas formas de discriminação a fim de fortalecer o acolhimento e o suporte à saúde mental na universidade para criar um ambiente mais inclusivo. De modo mais específico, objetiva incentivar campanhas de sensibilização e workshops educativos para informar sobre os diferentes tipos de discriminação (racial, de gênero, orientação sexual, entre outros) e seu impacto na saúde mental dos estudantes; estimular o diálogo intercultural e interdisciplinar; organizar rodas de conversa e fóruns de discussão que permitam o compartilhamento de experiências e perspectivas diversas, promovendo o respeito mútuo e a compreensão intercultural; incentivar a colaboração entre diferentes áreas do conhecimento para abordar a temática da discriminação e saúde mental de maneira integrada.

 

17- Debatendo violência de gênero na UFOP – diálogos médico-jurídicos

Orientadora: Natália de Souza Lisbôa

A proposta parte do reconhecimento de uma necessidade de aproximação entre os graduandos dos cursos de Direito e Medicina e os conceitos que cercam a violência de gênero em suas diversas faces. Dessa forma, foi pensado um projeto para romper com as noções limitadas do sistema jurídico

patriarcal e da saúde mental utilizada como instrumento de patologização, para que seja possível trabalhar com o gênero e suas dimensões relacionadas aos direitos humanos e à saúde pública, respeitando os recortes sociais envolvidos nos diferentes tipos de violência. Busca-se, pois, promover ações educativas voltadas à comunidade acadêmica com o intuito de conscientizá-las acerca do tema, além de corroborar com a formação de profissionais devidamente preparados para manejar situações nas quais a violência de gênero se encontre envolvida. Para tanto, serão realizados encontros mensais nas dependências do campus Morro do Cruzeiro, previamente divulgados, visando ampliar o encontro para estudantes de graduação de todos os cursos da UFOP. Assim, procura-se acrescer os debates não só para além dos conceitos médico-jurídicos sobre violência de gênero, mas também para aprofundamento a partir dos conceitos de feminismos, autonomias, saúde mental e interseccionalidade nas diversas áreas de conhecimento.

 

18- Para sair deste lugar: formação de multiplicadores para lidar com assédios

Orientadora: Keila Deslandes

“Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem”, frase monumental de Rosa Luxemburgo, aqui utilizada para caracterizar o sentimento de quem se percebe capturado por um processo de assédio (moral, sexual ou organizacional). Conceituado como a exposição da pessoa a situações abusivas, humilhantes e constrangedoras, de modo repetitivo e prolongado, em relações horizontais ou verticais, por meios objetivos e subjetivos, verbais e não-verbais, o assédio moral afeta, de modo significativo, a saúde física e mental de suas vítimas. O assédio destrói aos poucos a vontade de viver. Envergonha, deprime, isola, estressa e gera ansiedade cotidianamente. A estrutura assediadora – que não necessariamente corresponde a uma pessoa -, utiliza-se narcisicamente do outro como objeto de seu prazer sádico, agindo com assimetria de forças para atacar a autoestima e impossibilitar a defesa. Ardilosamente, a vítima é aprisionada numa rede de dominação poderosa, ao ponto de duvidar de si mesma e se sentir culpada pelo que sofre. O/a estudante – geralmente, a estudante -, que sofre assédio, tende a ter o seu desempenho acadêmico drasticamente prejudicado, devido à baixa autoestima, desmotivação, stress, isolamento, absenteísmo e aos sentimentos de medo e vergonha. Em casos extremos, levando a quadros depressivos e sintomatologias psicossomáticas graves, que impõem o abandono do curso (evasão). O presente projeto tem a ambição de oferecer rodas de conversa e reflexão sobre todo tipo de assédio que pode acontecer no meio acadêmico, por meio de uma escuta que capacite, qualifique, respeite, estruture e permita que a expressão das subjetividades e a formação de multiplicadores capacitados/as para lidar com este tipo de situação em qualquer ambiente. Por meio de círculos restaurativos, pretendemos indicar caminhos para que os/as participantes possam reconhecer e lidar com este tipo de situação, propiciando o exercício da empatia e da comunicação não-violenta. Os círculos restaurativos buscam ainda suscitar a mediação de conflito, equilíbrio e equidade no ambiente acadêmico. Finalmente, pretende-se atuar preventivamente, fazendo circular informação fundamentada sobre o tema do assédio, promovendo palestras e a exibição comentada de filmes sobre o tema, nos campi de Ouro Preto, Mariana e Monlevade.

 

SAÚDE E BEM-ESTAR

1- Autocuidado

Orientadora: Eva Bessa Soares

A presente proposta será embasada nos pressupostos da Psicologia Positiva (Seligman, 2012 e 2010) quais sejam as virtudes humanas, gratidão, felicidade qualidades e virtudes humanas, emoções positivas e forças de caráter. Apoia-se também na teoria da Dinâmica de grupo (Lewin, 1978), a qual valoriza as interações humanas e a sua influência na aprendizagem. A Arteterapia (Naumburg, 1973) também nos auxiliará nesse projeto, na medida em que preconiza o desenvolvimento e a aplicação das artes, da criatividade, das ações e relações humanas como possíveis promotores de saúde, assim como agentes que podem atuar na prevenção de danos à saúde. Em linhas gerais, busca-se um acolhimento e desenvolvimento humano voltado para o bem-estar, a saúde mental e emocional de alunos (as) do ICEA e demais departamentos que tenham interesse em participar. A partir de discussões e reflexões sobre tais temas, objetiva-se conscientizar para o desenvolvimento de relacionamentos intra e interpessoais mais saudáveis e produtivos.

 

2- Yoga para Todos UFOP

Orientadora: Lívia Helena Moreira e Silva

 

É cientificamente comprovado que o yoga é uma atividade que trabalha o indivíduo como um todo, pois contempla exercícios físicos de força, equilíbrio e flexibilidade e abrange também atividades de relaxamento, respiração consciente e controle do fluxo mental através da meditação. O projeto Yoga para Todos na Universidade Federal de Ouro Preto tem uma história de três décadas de oferta de práticas de Shivam Yoga para a comunidade interna e externa à UFOP. Ao longo desse tempo, o projeto vem contribuindo para a melhora da saúde física, emocional e mental dos participantes. Quanto à saúde física, observa-se: aumento da vitalidade; melhora da qualidade do sono, da flexibilidade, do senso de orientação e da coordenação motora; correção da postura corporal; alívio de dores, entre outros. A prática de yoga, portanto, melhora a qualidade de vida do praticante como um todo, trazendo sensação de bem-estar geral e de pertencimento ao mundo, que acarretam em melhora do rendimento escolar, da qualidade do trabalho, da produtividade, do desenvolvimento cognitivo e da sociabilidade. Desde 2020, em decorrência da pandemia de coronavírus, o projeto adaptou-se muito bem à modalidade on-line, com transmissão ao vivo das práticas pela plataforma Google Meet, sem prejuízos ao atendimento do público, que também pôde acompanhar a qualquer momento as aulas gravadas disponibilizadas no canal do projeto no Youtube. A retomada das atividades presenciais serão condicionadas às normas sanitárias adotadas pela Universidade, excluindo-se a participação de pessoas com comorbidades e mantendo-se o distanciamento entre os participantes, considerando-se também o espaço cedido pelo Cedufop e as regras de utilização estabelecidas por sua administração.

 

3- Recriando a tradição: práticas integrativas como ferramentas para a reconstrução do entendimento familiar em prol do bem-estar

Orientador: Yã Grossi Andrade

Com crescentes demandas acadêmicas, pressões sociais e emocionais, é fundamental que as instituições de ensino superior adotem abordagens para promover o bem-estar e a saúde mental dos

estudantes. Reconhecendo a importância do equilíbrio entre corpo, mente e espírito para o desenvolvimento integral dos indivíduos, o projeto visa democratizar o acesso a terapias complementares, ao trazer tópicos das dinâmicas familiares via palestras, dinâmicas e meditações guiadas. Ao promover o acesso a terapias complementares e adaptar técnicas para o contexto universitário, capacita-se os estudantes a enfrentar os desafios da vida universitária de forma mais completa e motivada, preparando-os para se tornarem profissionais e cidadãos mais equilibrados e resilientes.

 

4- JEU - Jogos Esportivos Universitários

Orientador: Bruno Ocelli Ungheri

Nas palavras de Luz (2020), as experiências esportivas e de lazer dos sujeitos indicam, sobremaneira, o estado de promoção da saúde física e mental nas sociedades modernas. Vale destacar que, independentemente do viés competitivo, participativo ou educacional, as atividades físicas se mostram como ferramentas importantes para o autoconhecimento, o desenvolvimento da identidade e até mesmo da emancipação social. Assim, considera-se que a prática esportiva traz consigo elevado potencial de promoção do Bem-Estar Psicológico, dado que a subjetividade presente em suas diferentes manifestações pode desencadear processos como individuação, auto realização, maturidade e completo funcionamento. Rossato et al. (2021) demonstraram ''que a universidade pode influenciar nos hábitos dos estudantes trazendo maior qualidade de vida e saúde a esses e às pessoas que com eles convivem, pela reverberação de hábitos da prática esportiva adquirida no ambiente universitário''. O presente projeto busca estimular a convivência entre discentes, docentes e TAEs através de competições esportivas, além de promover a integração entre as comunidades acadêmicas dos diferentes campi da UFOP.

 

5- FINA (Fico e Treino na UFOP)

Orientador: Everton Rocha Soares

A prática de exercícios físicos feita de forma regular, moderada e saudável, juntamente à adoção de um ritmo de vida mais ativo, está diretamente relacionada à melhoria da saúde física, mental e do bem-estar geral das pessoas (OMS, 2020; DOMINSKI, 2021). Em contrapartida, no meio universitário, face a rotina estressante e ao elevado grau de exigência acadêmica, observa-se uma importante propensão de os e as estudantes adotar e/ ou manter um estilo de vida sedentário (CARBALLO-FAZANES et al., 2020). Em conjunto, esses fatores podem impactar negativamente no desempenho acadêmico (DIAS DE JESUS; MORALES, 2022) e na permanência dos e das estudantes na universidade (SILVA et al., 2022). Nesse sentido, Guedes, Legnani e Legnani (2012) postulam que a estruturação e delineamento de programas de promoção de exercício físico para universitários deve considerar o e a estudante em sua dimensão humana, de forma a favorecer o processo de formação, valorizar suas capacidades e habilidades, bem como compreender dificuldades latentes. Ademais, evidências mostram que a o exercício físico está associado ao melhor

desempenho acadêmico, gerando efeitos positivos diretos e indiretos no processo de aprendizagem de estudantes universitários (ARDILA; GÓMEZ-RESTREPO, 2021; REN et al., 2021). Diante disso, o projeto busca favorecer a permanência saudável de discentes da UFOP na Instituição, a partir da melhora do desempenho físico, mental e acadêmico e do aumento da percepção de pertencimento.

 

6- Xadrez na UFOP

Orientador: Everton Rocha Soares

O jogo de xadrez pode ser relacionado à diferentes domínios da função cognitiva, pois ele exige grande concentração e atenção (NICHELLI et al., 1994) estando ainda presente em muitas culturas como instrumento de alfabetização, aprendizado e como uma prática de lazer sadia e educativa (FRANKLIN et al., 2020). A prática do xadrez é dinâmica e capaz de provocar o aprimoramento e desenvolvimento de potencialidades benéficas em seus praticantes, como o estabelecimento de estratégias dialógicas, cooperativas e interativas, que podem proporcionar um melhoramento e um maior empenho acadêmico em diferentes áreas do conhecimento, tanto na educação básica (VELOSO-SILVA, 2010; GARCIA CAMEJO et al., 2020) como no ensino superior (LANDIM, 2014; GOMES 2023). Neste sentido, ao entender que o Jogo de Xadrez pode contribuir para o desenvolvimento psicológico e social de seus praticantes, entende-se que a oportunização deste jogo para universitários pode ser uma ferramenta bastante importante para o desenvolvimento acadêmico, pessoal e social destes estudantes.

 

7- Capoeira para Todos

Orientador: Harrison Bachion Ceribeli

Considerando a potencialidade que a capoeira traz para seus praticantes, isto é, o resgate e afirmação de diversos aspectos da cultura afro-brasileira e o bem estar físico e mental, as justificativas poderiam se encerrar por aí. Contudo, o contexto sócio-histórico da população marianense ressalta ainda mais a importância dessa atividade, principalmente dentro da universidade pública. Nesse sentido, podemos entender primeiramente a historicidade do território em que se insere a UFOP, lugar que foi a primeira capital de Minas Gerais, estado construído pela mão de obra

preta escravizada, principalmente se considerarmos a Região dos Inconfidentes, que, depois da Bahia, é o local com mais porcentagem de pessoas autodeclaradas negras. A prática de capoeira se apresenta, nesse sentido, como afirmação e resistência de uma matriz cultural sistematicamente combatida há séculos. A UFOP, ao levar através do Programa de Incentivo à Diversidade e Convivência a prática da capoeira aos seus campi, promove uma realização que se conecta em diversos níveis com aqueles que frequentam a universidade e com a comunidade marianense de maneira geral, fomentando até mesmo que ocupe esse local.

 

8- Ciclo Saudável: Ações afirmativas para o Cuidado Menstrual na UFOP

 

Orientador: Isabela Neves de Almeida

 

O ciclo menstrual é um ciclo biológico natural da vida de pessoas que menstruam. Em alguns contextos sociais pode influenciar diretamente no bem estar, na autonomia, no direito de ir e vir com segurança física e no contexto acadêmico, inclusive no desempenho acadêmico e bem-estar emocional. No atual contexto social do Brasil é frequente observar a falta de suporte adequado para lidar com essa questão no ambiente universitário. Este projeto justifica-se pela necessidade eminente de preencher essa lacuna, com o objetivo de promover acompanhamento integral e educativo às pessoas que menstruam na UFOP. O projeto atuará na promoção da saúde menstrual, fornecendo informações sobre cuidados menstruais, higiene íntima, saúde física e emocional durante o ciclo menstrual. Além disso, também incluirá a distribuição gratuita de absorventes, reconhecendo a importância de garantir o acesso a produtos de higiene menstrual de maneira universal para estudantes que menstruam, independentemente de sua situação financeira.

 

9- Ensino e prática de artes marciais

Orientador: Daniel Barbosa Coelho

As artes marciais são um conjunto de práticas e técnicas que visam o desenvolvimento físico, mental e espiritual, usadas como meio de autodefesa, autocontrole e desenvolvimento pessoal. Nesta proposta serão ensinados os fundamentos técnicos, exercícios preparatórios e filosofia de diferentes modalidades de artes marciais à comunidade universitária em um ambiente acolhedor, diverso, inclusivo e saudável. No tatame todos são tratados da mesma forma, independente da sua raça, cor, gênero ou condição financeira, pois precisa-se do outro para que se possa praticar e todos se desenvolvam juntos e os mais experientes orientam os menos experientes sem verticalidade. O objetivo do projeto é oferecer diferentes práticas corporais alinhadas a filosofias de conduta baseadas nas artes marciais orientais; proporcionar um ambiente de prática de atividade física não voltada para o alto rendimento esportivo; e elaborar eventos relacionados às artes marciais como seminários, congressos, mostras e torneios.