A assistência estudantil no âmbito das Universidades Públicas brasileiras objetiva viabilizar a igualdade de oportunidades entre todos os estudantes e contribuir para permanência e melhoria do desempenho acadêmico, a partir de medidas que buscam combater situações de repetência e evasão, principalmente em situações individuais ou coletivas que envolvam baixo nível socioeconômico, vulnerabilidade programática e adoecimentos. No entanto, por serem definidas e executadas de maneiras diversas e independentes entre as instituições, apresentam uma diversidade enorme de agentes, ações, projetos e programas que constituem a política de assistência estudantil de cada universidade. Um dos maiores desafios da política de assistência estudantil nas universidades públicas é oferecer assistência à saúde aos estudantes de maneira integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e/ou aos serviços de saúde das próprias universidades, respeitando as particularidades da população estudantil e criando redes de apoio e cuidado, evitando a medicalização dos processos de aprendizagem e a fragmentação das ações. Desafio maior é combinar essas ações e redes de assistência à saúde com práticas de cuidado realizadas pelos próprios estudantes em seus coletivos e famílias, estimulando e apoiando práticas preventivas e promocionais que se realizem por meio de coletivos ou grupos de convivência e/ou apoio mútuo, o que promove a diversidade e integralidade da assistência à saúde. Desta forma, elaborar uma política de assistência à saúde mental de estudantes universitários requer a construção de redes de pessoas, instituições e serviços articulados num programa que combine promoção, prevenção e assistência em saúde, e mais especialmente que esteja voltado para o estímulo e criação de espaços de convivência, diálogo, troca, participação e construção coletiva de apoio sustentada, inclusive entre os próprios estudantes, especialmente nos momentos de fragilidade ou adoecimento mental e emocional. Nesse sentido, a proposta desse projeto é se juntar às ações e serviços que oferecem assistência à saúde dos estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), criando grupo de cuidado e acolhimento voltado para a escuta, debate, convivência e apoio mútuo de estudantes que estejam vivenciando situações psicossociais marcadas pelo sofrimento psíquico, problemas emocionais e em saúde mental. Espera-se que o grupo seja capaz de articular convivência, apoio mútuo e atendimento profissional no acolhimento, acompanhamento e cuidado aos estudantes valorizando a diversidade de práticas e redes de saúde desses próprios, do SUS e da universidade numa perspectiva integral e colaborativa.

• clique aqui para acessar o calendário (2023.1)
• clique aqui para acessar o calendário (2023.2)